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O Canal Conecta vem realizando algumas Lives via Instagram (@canalconecta) com convidados especiais durante essa quarentena e conversamos com a Éryka Paulino que é Superintendente do Instituto de Responsabilidade Social do Sírio-Libanês, focada na área da saúde, ela é responsável também pelos processos seletivos e contratação de algumas unidades do SUS.
A Éryka é formada em Comunicação Social, com especialização em Gestão Estratégica de Pessoas e Comunicação Organizacional. Tem experiência em processos de Gestão de Clima Organizacional, Cultura Organizacional, Programas de Desenvolvimento, Estratégia de Remuneração, Indicadores de Gestão de Pessoas, Política de Reconhecimento, Programas de Diversidade & Inclusão, Segurança & Saúde do Colaborador e Certificações & Auditorias e já atuou no Hospital Albert Einstein, Hospital M’ Boi Mirim e agora está a frente da área de Recursos Humanos do Sírio Libanês.
Ela comenta que a experiência de sua trajetória que ela achou mais interessante foi na área da saúde, tanto área privada quanto área pública. Ela explica um pouco sobre o Instituto de Responsabilidade Social do Sírio-Libanês que foi fundado em 2008 e nasceu com o propósito de fortalecer a atuação social voluntária da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês na saúde pública do Brasil, tendo como missão levar a excelência administrativa e operacional, já reconhecida no setor privado, às esferas municipais e estaduais do País.
Estar no Sírio-Libanês é vivenciar um propósito muito grande, o de conviver e compartilhar um dos pilares dessa sociedade de sistema de saúde que é obviamente a responsabilidade social, grande parte representada pelo Instituto.
O Instituto é uma organização social de saúde. Mas afinal o que isso significa? É uma empresa sem fins lucrativos que faz a gestão e administração de equipamentos públicos, fazem a gestão de unidades SUS e dentro deste escopo administram atualmente 5 unidades, todas certificadas: AME Interlagos, Hospital Geral do Grajaú, Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, Hospital Regional de Jundiaí e Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Mogi Mirim. Sendo 4 com Estado e 1 com Município de São Paulo.
Ela conta também que o momento atual da saúde é único, obviamente passamos por momentos complexos na saúde, mas em nossa atualidade ninguém vivenciou um momento onde o mundo “meio” que parou. Esse desafio não foi só de uma localidade, não foi só de uma instituição, mas sim um desafio mundial.
Éryka comenta que na época do surto do H1N1 ela já estava na área da saúde, mas não foi nem próximo do que estamos vivenciando nesse momento. Ela acha que apesar de desafiador existe um ponto que é a parte boa disso tudo, que é a construção da história, estamos fazendo parte dessa história. O ponto dois é que conseguimos aproveitar o momento para se desenvolver como pessoa, como profissional e não restam dúvidas de que sairemos melhores, após tudo isso.
Somos pessoas com nossos desafios diários, tememos pelas pessoas que gostamos, temos medo e insegurança, mas quem souber aproveitar esse momento para se reinventar de verdade como pessoa e como profissional sairá muito mais forte, muito mais fortalecido e aquela velha palavra que sempre ouvimos: Resiliência, poderemos ser mais resilientes, esse será o grande desafio.
Porque realmente pegou todo mundo de surpresa, em Fevereiro de 2020 víamos pelo jornal que a China estava passando por um surto viral, mas parecia muito distante. Em partes sim, porque a característica do profissional da saúde em geral é buscar, e é inegável a importância desse conhecimento que é a competência técnica, que exige atualização contínua, conhecimento de novos protocolos, leituras, a capacidade de ter um vasto conhecimento técnico. Essa parte já existia.
O que mais teve peso e foi diferente no dia a dia destes profissionais, foram as questões de competências comportamentais, as chamadas soft skills. Então a capacidade de que o profissional ou estudante da área da saúde tem em se adaptar, conseguir ser flexível e não é na teoria. O que estamos vivenciando é na prática, então falando um pouco de dia a dia, vemos muitos profissionais ansiosos e angustiados.
Estamos vivendo o jornal do dia, não tem Gestão que consiga diminuir esse sofrimento, porque todo mundo está vivendo o mesmo. Vemos as equipes muito ansiosas, se questionando sobre o que que vai ser amanhã e a resposta é: não sabemos. Temos que esperar, viver um dia após o outro e conseguir nos ajudarmos. Trabalhar em equipe também é uma competência muito importante e de forma integrada.
Não temos anticorpo mental para lidar com essa situação, porque nunca vivenciamos nada parecido, por isso a capacidade de se adaptar ela é mais que importante neste momento, a evolução da humanidade foi feita assim, quem sobreviveu foi sempre quem se adaptou, assim é a nossa espécie.
Com certeza são, a capacidade de se adaptar é importante somada a capacitação técnica, a área da saúde é uma área técnica, é uma área que exige o conhecimento técnico, o preparo, é uma área que exige profundidade. As principais tendências de competências necessárias para o futuro são: boa comunicação, adaptabilidade é que são coisas que o ser humano consegue desenvolver.
Tranquilidade em um momento de crise é muito difícil, mas quem consegue ter mais serenidade para passar por isso, lida melhor. A principal sacada, segundo Éryka, é conseguir tirar aprendizado disso e crescer. Ela comenta que gosta muito de falar com o estudante porque é importantíssimo a capacidade que temos de ser educados, nos desenvolvermos, nos transformarmos, somos seres inteligentes, dotados de inteligência e dotados de capacidade de transformação, esse é o nosso diferencial.
Éryka comenta que a primeira coisa que essa situação exigiu foi agilidade, todos escutamos muito que o que era para acontecer em 10 anos, todas as empresas fizeram em um dia, isso trouxe um processo de transformação e foi necessário então uma capacidade de reorganização.
A estratégia adotada foi: qual é a área nesse momento que vai precisar de mais atuação? Então foram deslocados profissionais para ajudar, por exemplo, para a área de seleção. E um foco muito grande em prevenção e saúde, então algumas pessoas que podem ficar de home-office ficaram, mas existia a necessidade dos profissionais que era possível ficar na linha de frente e fazer os atendimentos.
Reforçar o uso de EPI, treinamento em como se vestir para os atendimentos, como se preparar para como fazer uso de máscara, uso de todos os recursos e EPI’s disponíveis. E não podemos esquecer que somos seres humanos, complexos e portanto temos medos então foi designado dentro do Instituto um serviço de apoio psicossocial, tanto para os funcionários como para seus dependentes, para ajudar nesse momento de transição.
Foi contratada uma empresa especializada em apoio psicossocial, desde o início quando começou a pandemia no Instituto Sírio-libanês, foram oferecidas palestras para falar sobre a ansiedade tanto para gestor, quanto para os funcionários.
Foi reforçado os atendimentos médicos, de medicina do trabalho, além de tudo, dentro desse serviço também foi oferecido psicólogos 24 horas por dia, sete dias por semana, tanto para os profissionais quanto para os seus dependentes. Justamente caso alguém tivesse uma crise de ansiedade e precisasse falar com alguém, contam à disposição o 0800 para os profissionais se sentirem acolhidos.
Essa estrutura foi pensada, justamente, por não podermos colocar todos em home office, mas parte da equipe foi colocada em home office, para evitar trânsito de pessoas e exposição, e também para incentivar novas formas de trabalho, então hoje no dia a dia do Instituto foi percebido que é possível fazer reunião a distância e não tem problema se conseguir desenvolver isso e ao mesmo tempo ter o olhar de desenvolvimento de liderança, preparando essa liderança para fazer gestão à distância, que é desafiadora e também oferecendo pílulas online de desenvolvimento, focado nas soft-skills. É mais que importante cuidar de quem cuida.
Sempre existiu a exigência de ter muita experiência, e foi percebido que neste momento de pandemia uma ótima oportunidade para quem não tinha experiência. A competência técnica sempre será necessária, estudar sempre será importante. Faz parte do nosso desenvolvimento, faz parte da nossa trajetória como seres humanos.
Obviamente toda área da saúde viveu um BOOM no início dessa pandemia, então eram vagas surgindo de todos os lugares, todas as instituições contratando, desesperados, criação de Hospital Campanha, a necessidade do aumento de leitos. A contratação sempre visou buscar pessoas com qualificação, mas também foi pensado no plano de apoio com treinamento interno dessas pessoas que não tinham tanta bagagem de experiência.
O paciente com COVID é um paciente complexo, é um paciente muito dependente, então não é simples fazer o tratamento e o manuseio desse paciente, obviamente a equipe do Instituto foi atrás de gente que tinha qualificações técnicas, mas que podiam ser ensinadas dentro deste contexto de formação interna.
Para serem adaptados a essa realidade de COVID-19 foi necessário se reinventar, a área de seleção também porque como bons brasileiros que somos gostamos muito do contato, mas iniciamos os processos seletivos por plataforma online, de um dia para o outro virando entrevista por WhatsApp, fazendo prova técnica em plataforma, tudo preferencialmente online, justamente para expor menos o candidato e também menos os profissionais. Tentando chegar em uma equação de saúde, cuidado e eficiência.
O grande aprendizado até o momento é que o fator humano ele é diferencial, ele é um fator que nos diferencia, quando pensamos muito sobre inteligência artificial e tememos que a inteligência artificial tome o trabalho de muitas pessoas, realmente já é uma realidade, mas a pandemia vem ensinar algumas coisas, porque a capacidade de empatia e a capacidade de se doar, a capacidade de integrar, a capacidade de trabalhar em equipe são questões e fatores estritamente humanos, é o que se faz no atendimento de um paciente grave, acolher, acompanhar e se reinventar de novo.
Os profissionais sairão mais fortes, mais humanos, porque de certa forma com a correria do dia a dia, com as coisas que vivemos nem percebemos coisas em nosso caminho. Então conseguiremos tornar mais sensível algumas percepções, sem esquecer da importância de buscar conhecimento, pois ele é importante em todas as suas vertentes, em todas as suas áreas. Entre os colegas do curso de Comunicação, sempre se comenta sobre o porque de estudar sociologia no primeiro ano de formação, achando que nunca será usado para nada.
E usamos a sociologia todos os dias, quando discutimos qualquer ponto, quando transformamos qualquer ideia, estamos falando de sociologia. Às vezes, como estudantes não entendemos a importância daquelas matérias básicas, achamos chata, mas são elas que nos transformam como seres humanos, nos trazem base para a discussão porque para se reinventar precisamos ter de onde tirar essa de invenção, se você não tem conhecimento, você se reinventa como?
Sairemos forte, porque essa capacidade de reinvenção, adaptação, de ser um pouco mais sensível e nos diferenciar da tal inteligência artificial que veio e vai nos ajudar em muitos casos, mas que não vai nos substituir porque tem fatores e questões que são propriamente humanos.
Existem alguns caminhos de reconhecimento, segundo Éryka o mais importante é você mostrar cuidado e acolhimento desde sempre, então a preocupação como a pessoa vai chegar em casa, a preocupação de oferecer um EPI certo, de treinar corretamente, a preocupação de falar que serviço de apoio social está disponível para você e para sua família, é o acolhimento de falar somos todos iguais, somos pessoas, temos dores, temos problema mas estamos aqui para nos ajudarmos.
O sistema público de saúde já é desafiador, nesse cenário aumentam ainda mais os desafios, a principal lição aprendida é que devemos nos preocupar mais um com os outros.
Não temos como prever se a pandemia está perto de acabar, não dá pra ser exato, mas vendo pelo movimento dos outros países que já passaram, existe uma tendência a ter uma uma queda e de alguma forma depois um crescimento novamente, como está acontecendo em alguns países e aqui no Brasil também. 3 lições:
A palavra novo normal não é tão apreciada assim por Éryka, pois ela acredita que encontraremos novas formas de trabalhar, já estamos achando.
Oportunidade sempre existe, sabemos que quando fazemos o nosso melhor as coisas surgem, quem faz a nossa carreira somos nós, não é a instituição que faz. Nós vamos atrás de tudo, nós vamos atrás de informação, de conhecimento, de networking, de trocas, então tudo é possível, por exemplo vamos pensar em hospital campanha quando ele fechar pode ser que não tenha como absorver todas as pessoas, mas espaço para gente boa sempre tem.
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